QUANDO NOS ACORDOS NÃO HOUVER ROMANOS
NEM ÁRABES NA LÍNGUA VICIOSA
NEM VÍRGULAS NO MAR, NEM UMA PROSA
SE DESFOLHAR NOS DEDOS DOS MARRANOS
QUANDO AS LETRAS RUDES EM PARÁGRAFOS VAGOS
DESTRUIREM NAS PALAVRAS AS LETRAS FALSAS
QUANDO O TEMPO ESCORRER LETRAS DESCALÇAS
E SORVENDO ESVAZIAR OS LETRADOS PAGOS
QUANDO OS ANTIGOS MESTRES FICAREM MUDOS
E OS ALVOS REYS DAS LETRAS AGRESTES
COMO AS GENTES QUE EMPENHAM AS VESTES
FICAREM SEM PÚRPURAS PALVRAS E VELUDOS
E QUANDO A SOMBRA DO DESACORDO PESADO
FIZER SEU ÚLTIMO E FATAL BAILADO
E OS FRACOS PAUS NESSA MARÉ SALGADA
SE AFUNDAREM COM LETRAS DE TESÃO
E AS TURBAS TIVEREM DA PALAVRA DADA
TUDO DAQUELA LÍNGUA DITA DE CÃO
NÃO CHAMEM POR MIM, QUE ESTAREI MORTO
Ó POVO QUE VOLTEIAS DE PORTO EM PORTO
EDITORA
TRADITORA
DE REYS MORTO EM CADA EDITORA TORTO
Ó ALVES SEM BOM PORTO
DE MALTESE CORTO
SORTO IN SORBELHO PORCO